quinta-feira, 31 de março de 2011

Nem medo, nem desejo


Apesar de tudo
Ainda continuo
Embora a falta de tempo
Nada me impede

Perdida, como quem anda no escuro
Tateando o mundo, buscando o futuro
Sinto o vazio da imensidão
Onde antes habitavam minhas perspectivas

Despida de minhas ideologias
Dia a dia massacradas, desconsideradas
Ao lixo, totalmente arremessadas

Mesmo assim, mesmo o mesmo
Já não sinto nem medo, nem desejo
E continuo apenas por continuar...

Suzanne Oliveira Araújo - 31/03/2011