
Nossa, quanto tempo não passeio por aqui, tenho andado lendo blogs alheios pensando o quanto seria bom escrever assim também... O mais estranho é que também escrevo... A diferença é que nem sempre (quase nunca) tenho corajem para contar ao mundo assim como os meus bravos amigos blogeros de plantão... Então, revivendo esse meu espaço, meu e de meus bravos amigos, lá vai um texto a tempos escrito...
Mudando
Do nada me enchi de saudades... Resolvi imitar meu amigo Gabriel e escrever em prosa, muito embora nunca tenha descrito assim meus sentimentos, sempre fui adepta dos versos para expressar ao mundo o que sinto e nem sempre compreendo.
Hoje me dói a saudade, saudade dolorida dos amigos, e saudade ainda maior da amizade! Tive tantos amigos pelo caminho e não me esqueci de nenhum... Saudade dos meus amigos! Acordei com espírito de mudança, apesar de crer que essa mudança é fruto de um longo processo, amanheci defendendo o ato de mudar, ou melhor, o direito de praticar esse ato.
Quero mudar, cortar e pintar o cabelo, emagrecer 5 quilos, fazer uma tatuagem e comprar um vestido novo, longo, colorido e florido. Quero ouvir um bolero comendo brigadeiro de colher, e pensar na vida sem pesar algum, quero viver outra Suzanne ainda sendo essa Suzanne. Mas no fundo, bem no fundo, e infelizmente tudo tem um fundo, o que eu quero mesmo é mudar por dentro, é possível... será?
Em meio a tudo o que a mudança proporciona, ela leva inevitavelmente a separação. Separar-se-á de tudo que se faz presente para enfim conjugar o verbo mudar, verbo futuro, representando a transição. Mas eu me disponho, corajosa que só vendo, lutando contra os meus moinhos de vento. Eu me disponho a separação, me despeço com sorriso no rosto do meu cabelo, das longas pontas cacheadas, do preto irretocável, a tatuagem eu guardo no campo dos sonhos a realizar, estou sem tempo de pensar nela agora, prometo voltar ao regime, prometo principalmente abandonar os prazeres das massas, sorrio mais uma vez, acaricio meus cabelos embaixo do chuveiro, lhes digo adeus e quando me olho no espelho e os observo, finalmente sinto saudades... Sabe aquela saudade absurda daquilo que ainda não se foi? Saudade que se sente quando se pressente a eminência do fim, da mudança e da conseqüente ressurreição...
Pensei em tantas coisas, busquei as fotos. Adoro imagens, adoro lembranças, mau de historiadora valorizando o passado, mau de leonina apegada ao que já se foi. Nas fotos encontrei mais que os meus cabelos, observei mais do que o longo processo de crescimento que passaram, encontrei nas fotos os vestígios dos fatos que me trouxeram até aqui, encontrei as várias Suzannes com os vários cabelos, e percebi que somos muitos em um só.
Quanta coisa acontece quando se está distraído, a vida passa, acontece e se desenvolve e quando se acorda, um dia molhada em frente ao espelho, o que se sente é apenas saudade. Hoje, senti saudades dos meus amigos, dos sorrisos, dos sentimentos ainda não vividos e das imagens idealizadas das pessoas, mas não senti vontade de voltar no tempo, como de costume já que sou uma boa Madalena arrependida, pelo contrário, senti minha vontade de mudar intensificada, me controlei para não segurar a tesoura e cortar meus cabelos ali mesmo!
Quero mudança, devo isso à Suzanne do passado, faço isso pelas minhas lembranças, e quanto a saudade... Ela finge que passa e eu a admiro de longe.
Suzanne Oliveira Araújo - Data original: 18/10/2010
Mudando
Do nada me enchi de saudades... Resolvi imitar meu amigo Gabriel e escrever em prosa, muito embora nunca tenha descrito assim meus sentimentos, sempre fui adepta dos versos para expressar ao mundo o que sinto e nem sempre compreendo.
Hoje me dói a saudade, saudade dolorida dos amigos, e saudade ainda maior da amizade! Tive tantos amigos pelo caminho e não me esqueci de nenhum... Saudade dos meus amigos! Acordei com espírito de mudança, apesar de crer que essa mudança é fruto de um longo processo, amanheci defendendo o ato de mudar, ou melhor, o direito de praticar esse ato.
Quero mudar, cortar e pintar o cabelo, emagrecer 5 quilos, fazer uma tatuagem e comprar um vestido novo, longo, colorido e florido. Quero ouvir um bolero comendo brigadeiro de colher, e pensar na vida sem pesar algum, quero viver outra Suzanne ainda sendo essa Suzanne. Mas no fundo, bem no fundo, e infelizmente tudo tem um fundo, o que eu quero mesmo é mudar por dentro, é possível... será?
Em meio a tudo o que a mudança proporciona, ela leva inevitavelmente a separação. Separar-se-á de tudo que se faz presente para enfim conjugar o verbo mudar, verbo futuro, representando a transição. Mas eu me disponho, corajosa que só vendo, lutando contra os meus moinhos de vento. Eu me disponho a separação, me despeço com sorriso no rosto do meu cabelo, das longas pontas cacheadas, do preto irretocável, a tatuagem eu guardo no campo dos sonhos a realizar, estou sem tempo de pensar nela agora, prometo voltar ao regime, prometo principalmente abandonar os prazeres das massas, sorrio mais uma vez, acaricio meus cabelos embaixo do chuveiro, lhes digo adeus e quando me olho no espelho e os observo, finalmente sinto saudades... Sabe aquela saudade absurda daquilo que ainda não se foi? Saudade que se sente quando se pressente a eminência do fim, da mudança e da conseqüente ressurreição...
Pensei em tantas coisas, busquei as fotos. Adoro imagens, adoro lembranças, mau de historiadora valorizando o passado, mau de leonina apegada ao que já se foi. Nas fotos encontrei mais que os meus cabelos, observei mais do que o longo processo de crescimento que passaram, encontrei nas fotos os vestígios dos fatos que me trouxeram até aqui, encontrei as várias Suzannes com os vários cabelos, e percebi que somos muitos em um só.
Quanta coisa acontece quando se está distraído, a vida passa, acontece e se desenvolve e quando se acorda, um dia molhada em frente ao espelho, o que se sente é apenas saudade. Hoje, senti saudades dos meus amigos, dos sorrisos, dos sentimentos ainda não vividos e das imagens idealizadas das pessoas, mas não senti vontade de voltar no tempo, como de costume já que sou uma boa Madalena arrependida, pelo contrário, senti minha vontade de mudar intensificada, me controlei para não segurar a tesoura e cortar meus cabelos ali mesmo!
Quero mudança, devo isso à Suzanne do passado, faço isso pelas minhas lembranças, e quanto a saudade... Ela finge que passa e eu a admiro de longe.
Suzanne Oliveira Araújo - Data original: 18/10/2010
Changes and Choices!
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