segunda-feira, 16 de junho de 2014

Entre o tudo e o nada


E se eu não existisse?
E se não existisse minha rima
Não existiria minha poética
E se não existisse minha razão
Não existiriam os erros...

E se eu não existisse?
Não teria que partir agora...
Já teria ido embora...
Que hora?

E se eu não existisse?
Não seria um peso...
Seria de outro jeito...
O silêncio, um bom argumento...

E se eu não existisse?
Não estaria me repetindo...
Viveria  no espaço escuro, oportuno...
Entre o agora e o antes
Entre o tudo e o nada!
Suzanne Oliveira Araújo - 16.06.2014

P.S.: Voltando de um longo silêncio, já com medo de ter dito o que não devia, atendendo a pedidos... 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pode mas não morde


Você pode até me fazer chorar
Pode me denegrir
Pode dizer coisas que eu não fiz
Pode me fazer cair

Você pode até me magoar
Pode me dobrar
Pode querer me desanimar
Pode me fazer querer sumir

Você pode até me enganar
Pode me iludir
Pode matar minha ideologia
Pode me consumir

Poder  você pode
Pode, mas mesmo assim você não morde
Só late e late feio e bem baixinho

E você não pode
Alcançar minha alma
Ou me destruir.

Suzanne Oliveira Araújo - 01/11/2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Crer...


Depois de um longo e tenebroso inverno... Um sopro de criatividade!!!
 ...Crer
          Criar
                Criação
                          Noção
                                  Nação
                                          Ação
                                                  Atitude
                                                           Plenitude
                                                                        Virtude
                                                             Vivência
                                             Consciência
                                Consentir
                         Sentir
                  Servir
               Vir
             Ver
    Crescer
Crer...

Suzanne Oliveira Araújo
Obs. Imagem corresponde a obra do pintor Pollock.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soprou...


Então, em um suspiro
nasceu uma flor
no jardim dos teus sonhos
em forma de cor

Momento breve como a brisa
admirou-se o coração de tanta beleza
Sopra brisa, lá fora
Sopra brisa, não demora

Porque bate o coração de quem ama
ama a vida e ama a dor
bate e implora...

Porque sopra a brisa da noite
brilha as estrelas no céu
e a manhã logo chega e o suspiro vai embora.

Suzanne Oliveira Araújo 20/04/2011
Obs.: Parei um instante e observei quanta poesia tem no soprar do vento! Encantei-me pela noite e tive um breve sopro de inspiração... Espero que gostem!! Sú.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Laços


E sem querer, querendo
Eu voaria... em um instante
Escondida em teus braços
Meus laços

Então sopraria, despretensioso, o vento
Nossos negros cabelos
Entrelaçados como em um embaraço,
Meus laços

Respiraríamos no mesmo instante
E tudo se tornaria o bastante
doce

Encontrariam então, nossos lábios
Constante
Nossos laços

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Suzanne Oliveira Araújo 06/04/2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

Nem medo, nem desejo


Apesar de tudo
Ainda continuo
Embora a falta de tempo
Nada me impede

Perdida, como quem anda no escuro
Tateando o mundo, buscando o futuro
Sinto o vazio da imensidão
Onde antes habitavam minhas perspectivas

Despida de minhas ideologias
Dia a dia massacradas, desconsideradas
Ao lixo, totalmente arremessadas

Mesmo assim, mesmo o mesmo
Já não sinto nem medo, nem desejo
E continuo apenas por continuar...

Suzanne Oliveira Araújo - 31/03/2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Espelhos


Sou uma contradição ambulante
Um conjunto de incógnitas complexas
Distintas e abstratas
Extraída do meu mais puro racionalismo subjetivo

Fruto de uma constante obsessão
Por conhecer aquilo que já veio embutido em mim
Tentativas fracassadas de estancar essa dor
Absurda de ser simplesmente eu

Não correspondendo a nenhuma expectativa
Rabiscando versos transversais
De uma alma em reconhecimento

Não lamentando
Não pertencer ao seu universo
Certa de não ser na sua aventura, um lamento...